Vilson Borges, natural de São Joaquim, pioneiro na comercialização dos vinhos de altitude, fundando a matriz da Casa do Vinho em São Joaquim no ano de 1995, época que não havia ainda nenhuma vinícola em São Joaquim, sendo que as primeiras que deram início ao plantio das parreiras foi no ano de 2000 com a primeira produção de vinho, feita pela Villa Francioni no ano de 2004. E há cinco anos abriu uma filial na cidade de Lages. Uma curiosidade que vale a pena destacar, que os vinhos de altitudes, produzidos na Serra Catarinense, são todos de colheitas mais tardias.” E o açúcar necessário para fornecer o teor alcoólico, é 100% natural, o que faz dos vinhos produzido na altitude da Serra Catarinense se tornem uma casta de altíssima qualidade.” Destacou nosso convidado da semana. Temperaturas ideais para consumo do vinho Vilson esclarece nossos amigos internautas sobre a questão de temperatura para se consumir o vinho e espumantes. Existe um ditado errado, que se fala em consumir vinho em temperatura ambiente. “Espumantes de quatro a seis graus positivos, vinhos brancos e roses de 08 a 12 graus positivos e os tintos de 15 a 18 graus positivos. Desmistificando a tese de que o vinho tem que ser consumido em temperatura ambiente. Pois nem sempre a temperatura ambiente estará na mesma temperatura ideal para o consumo de vinhos e espumantes.” Explicou Vilson. A escolha do vinho de acordo com o cardápio Nosso convidado passa dicas importantes, quando assunto é escolher o tipo de vinho a ser consumido em harmonia com o prato que vai ser servido no almoço ou jantar. “Vinhos brancos e roses com carne branca, ou seja, peixe. Mas hoje São Joaquim e a Serra Catarinense estão de parabéns, pois se tem uma casta de vinhos tintos, feitos com uvas mais leves e maduras, neste caso podemos citar o vinho Comendador produzido pela vinícola Quinta Santa Maria e com a escolha da uva feita por mim, mais com a marca registrada da Casa do Vinho, que se pode harmonizar tranquilamente com pratos à base de peixe.” frisou Vilson. O vinho tinto, mais encorpado, casa tranquilamente com pratos onde entram a carne vermelha como cordeiro, porco e até mesmo gado, com temperos mais fortes. E existem qualidades de vinhos tintos mais leves, que casam bem com pratos da culinária italiana a base de massa. Nomenclaturas dos vinhos Com a intenção de esclarecer aos nossos amigos internautas sobre a nomenclatura dos vinhos, tomando como exemplos o Cabernet, Merlot dentre outros, são originários das espécies de uvas que são produzidas para a produção dos vinhos de altitudes. “Aqui em São Joaquim, os turistas me perguntam quais castas de uvas são produzidas na Serra Catarinense? E eu repondo pra eles que é mais fácil enumerar as que não são produzidas aqui na Serra. Pois com exceção das uvas chilenas carménère e as uruguaias tannat as outras qualidades todas são produzidas aqui na Serra.” Esclareceu nosso convidado. Vilson ainda reforça, que na região de São Joaquim, tem 14 vinícolas e dessas seis já possuem seus maquinários para a produção própria de vinho, e todas com excelente qualidade em se tratando de vinhos de altitudes. Vinícola Hiragami “O que dizer de Fumio Hiragami? Empresário com uma visão empreendedora fora do comum. Uma excelente pessoa. E o nicho de mercado onde entra Fumio Hiragami, ele não entra pra brincar. Entra pra competir. E com a questão dos vinhos com a marca Hiragami não é diferente. Vinhos de Altitude de altíssima qualidade. Pois a Vinícola Hiragami possui produção de uva de maior altitude do Brasil.” Comentou Vilson. Valores dos Vinhos de Altitude A qualidade dos vinhos de altitude produzidos na Serra Catarinense, desde o início, nunca foram contestadas por ninguém. O que se tinha reclamações no início era referente os valores altos cobrados pelo produto, o que fazia que os admiradores da bebida dos Deuses, optassem pela compra dos importados. Mais hoje, os valores já condizem com a realidade do mercado, facilitando assim aos moradores da Serra Catarinense, turistas que agora na época de frio vem passear e conhecer as belezas naturais que Serra oferece, para os que vem também para a Festa Nacional do Pinhão, que façam uma visita a Casa do Vinho, para conhecerem a variada linha de vinhos de altitude da Serra Catarinense, esclarecerem suas dúvidas quanto as questão de qual o melhor vinho se tomar em cada ocasião. “Quando os vinhos de altitudes começaram a ser produzidos, era em pequena quantidade, o que tornava seu custo benefício alto. Mas a realidade nos dias de hoje é outra, pois com o crescimento do número de vinícolas, aumentou consideravelmente a produção, e a dificuldade de se manter em um mercado competitivo, fizeram com que os produtores ajustassem os valores com a realidade do mercado. Hoje é possível se tomar um vinho de altitude de ótima qualidade com valores que cabem dentro do orçamento dos admiradores de um bom vinho.” Finalizou Vilson Borges nosso convidado da semana.